A sessão ordinária da Câmara de Vereadores, nessa terça, 21, foi reservada, com pauta exclusiva, à discussão e votação de vetos do Executivo municipal, em relação aos projetos 81, 84 e 88.
Por meio de voto secreto, os
nove vereadores presentes depositaram as cédulas numa urna. Arnor do Sindicato,
Deteval Brandão, Jaildo do Bonfim, Laelson Neves, Luma Gusmão, Mundinho de Nova
Brasília, Nielson Buraem, Raimundo Simas e Weima Fraga foram os vereadores que
participaram da votação.
Acerca do projeto nº 81, de
autoria da vereadora Luma Gusmão, que trata de instituição de programa de
educação no trânsito, em escolas da rede pública municipal, a Comissão de
Justiça e Redação, sob a presidência do vereador Deteval Brandão, emitiu
parecer favorável à manutenção do veto do Executivo.
“Achei esse projeto de suma
importância. A gente vê o caos que existe no trânsito de nossa cidade. Orientação
nunca seria demais. Achei como marcação da gestão contra minha pessoa, um
projeto que já foi votado pela Câmara dos Deputados, eu trouxe para ser votado
pelos colegas também. O prefeito achou o projeto muito insignificante, porque
não dá para entender o veto desse importante projeto”, afirmou Luma.
Alguns vereadores que se
posicionaram favoráveis ao veto, a exemplo de Weima Fraga, Raimundo Simas e
Deteval Brandão, explicaram sobre os trâmites dos projetos na Câmara e disseram
que poderia haver uma indicação para análise do Executivo, pois envolve custos
para o município, o que impossibilita à Câmara tal iniciativa.
“Não desmerecendo o conteúdo,
o teor do projeto. Mas o que temos que fazer aqui é debater mais os projetos,
fazer audiências públicas para que a sociedade tome conhecimento do que e como
está tramitando, e como vai funcionar, para conscientizar a população. Não é
obrigado isso numa sala de aula”, pontuou Deteval.
Luma afirmou que não haveria
custos, lembrou dos agentes de trânsito que servem ao município e disse que
algumas palestras poderiam ser realizadas em salas de aula. A vereadora lembrou
ainda da nova sinalização no município, que está em andamento, o que poderia ser
um motivo a mais para levar o projeto adiante.
Projeto
84, que dispõe sobre placas que identifiquem imóveis alugados pelo município
De autoria da vereadora Luma
Gusmão, o projeto versa sobre a identificação de imóveis locados pela
prefeitura. Por 6 a 3, o veto do Executivo ao projeto foi mantido pelos
vereadores. O vereador Deteval afirmou que “em breve”, o município sairá de
vários aluguéis, porque a pretensão da gestão atual é a construção de prédios
próprios. Segundo o vereador, o gasto com tais placas é desnecessário, tendo em
vista a mudança nos valores dos aluguéis e, consequentemente, novas despesas
com novas placas. A vereadora Luma afirmou, por sua vez, que o projeto não prevê
a exposição de valores, mas, sim, a indicação de que o imóvel é alugado pelo
município. Segundo ela, há uma “farra de aluguéis na cidade sem limites”.
Projeto
88, estabelece a obrigatoriedade das concessionárias de água e energia elétrica,
de oferecerem a opção de pagamento antes da suspensão dos serviços
De autoria dos vereadores
André da Saúde e Laelson Neves, o veto a essa lei, por parte do Executivo,
também foi mantido pela Câmara, por 6 votos a 3. O vereador Laelson Neves
exemplificou com a lei 4.168/2023, de Feira de Santana, sancionada pelo
prefeito Colbert Martins, no último dia 26 de outubro. Essa lei, de origem da
Câmara de Vereadores de Feira, permite que clientes da Embasa ou Coelba paguem
suas contas atrasadas, no momento do corte.
Por
Diogo Souza / Siga o blog no Instagram: @midiaipira
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