quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Nova secretária de Saúde de Ipirá identifica gargalos e vislumbra melhorias: “Não temos a cobertura devida, 15 unidades de Saúde para um município com quase 60 mil habitantes é muito pouco”



Com discurso “pés no chão” e sem promessa de fazer algo revolucionário, ou extraordinário. Com essa credencial, Jucinei Miranda, graduanda em Gestão Pública e com experiência de 4 anos, na mesma pasta de Saúde, no município de Santa Bárbara, se apresenta ao povo de Ipirá. Ela fala em trabalho sério e dedicado, como forma de encarar os desafios frente à secretaria de Saúde de um município. A missão inspira ainda mais resiliência porque, de acordo com a secretária, a Saúde vem enfrentando um processo de “desfinanciamento”.

“Hoje, estamos com um novo modelo de financiamento, que traz uma proposta de avaliação pelo serviço que estamos executando, que vai depender muito das pessoas que estão na linha de assistência (enfermeiros, técnicos, dentistas, médicos, agentes comunitários de saúde). Diante desse modelo posto, e com a dimensão do território, estamos encontrando alguns gargalos: não temos a cobertura que deveríamos ter, são 15 unidades de Saúde para um município com quase 60 mil habitantes, é muito pouco, estamos com déficit de PSF”, declarou.

Miranda fala das novas unidades PSF (Programa de Saúde da Família) que estão sendo encaminhadas pela gestão, em consonância com o que havia dito na semana passada o prefeito Thiago do Vale: são 4 novas unidades aguardadas, uma já teve a construção iniciada, no Flor da Chapada. De acordo com a secretária, esse quadro ainda não permite falar em condições confortáveis na atenção básica, mas acredita em melhoria através do trabalho de conscientização de todas as equipes. Questionada sobre a contratação dos aprovados no Reda de 2023, a secretária informou que não tem uma data específica, mas que já está acontecendo uma movimentação em paralelo à questão do piso salarial dos enfermeiros.

Quanto à pretensão em tornar Ipirá referência em realização de cirurgias, como também mencionou o gestor municipal na semana passada, Miranda afirmou que essa proposta é no tocante às cirurgias eletivas (aquelas que não se enquadram como urgência e emergência). A secretária falou que já houve um avanço nesse início, com a realização de cirurgias por três dias consecutivos, o que antes era feito a cada quinze dias, segundo informou. 

 

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