A secretária municipal de Educação,
Neuza Ribeiro, concedeu entrevista ao programa Conexão Chapada nesta segunda,
06. Confira alguns trechos:
Encontro com os gestores escolares
O contato com os professores é
primordial. Afinal todos somos professores e estamos alinhados com o pensamento
da boa relação e convivência, que é fundamental.
O foco está voltado para a melhoria
dos espaços escolares, que infelizmente não estão nada adequados. Temos a
intenção de que todos os alunos sejam matriculados. Vamos voltar toda a atenção
para a educação infantil. Não adianta se preocupar com o meio, com o fim, se
não cuidar do início.
Participação dos pais no ambiente
escolar
Tem papel fundamental, e infelizmente
não é isso que a gente vive. Muitos pais conhecemos na matrícula e no
encerramento do ano letivo. Normalmente temos acesso a eles quando o filho não
está aprovado. Isso é um equívoco. A família deve participar ativamente da vida
de seu filho na escola, cobrando, reivindicando, acompanhando, porque a escola
é a extensão da educação, mas a educação básica vem de casa.
Psicologia como auxílio
O psicólogo, a gente entende que é uma
figura importante na escola. Hoje deveríamos ter continuamente um psicólogo
participando do processo escolar. Muitas vezes a gente foca no aluno as
questões sociais, no entanto, em boa parte é a família que precisa de atenção,
de acompanhamento. Daí a necessidade da participação ativa para entender o que
ocasiona tantos ‘probleminhas’ de relacionamento, de não aprendizagem do aluno
na escola. Temos hoje uma demanda muito preocupante do não rendimento escolar.
Temos que buscar a ponta do novelo. Se tem algo errado, a gente faz o
diagnóstico, mas não consegue resolver sozinho.
Situação dos prédios que abrigam
unidades escolares
Depois de já ter feito visita a
alguns, quero pedir desculpas à sociedade ipiraense por colocar seus filhos em
unidades escolares tão degradadas. Fico muito preocupada e pensativa quanto à
presença das crianças num espaço onde não oferece a menor condição de bem-estar.
Na escola, isso é um equívoco imenso. Não é fácil corrigir porque demanda tempo,
a gente precisa começar o ano letivo.
Necessidade de intervenção do poder
público em reformas
Na verdade, estava previsto para
começar uma reforma em dezembro, infelizmente não foi possível por questões
outras. Nós temos o recurso próprio para a reforma e manutenção das escolas.
Como não dava tempo do processo legal de licitação, até o início do ano letivo,
estão sendo feitas limpezas, manutenção de vazamento, coisas menores em todas
as escolas. Em virtude do adiamento do calendário do ano letivo, previsto para
dia 20, vamos cuidar do assunto reforma no recesso junino. O dinheiro para isso
já tem.
Jornada Pedagógica 2017
A jornada pedagógica terá um formato diferente.
Ao invés de fazer uma abertura, será feito um encerramento, com presença de
dois palestrantes, um pela manhã e outro pela tarde. O tema será “Semear para
educar: educação a serviço de todos”. Sempre me incomodou muito, certo clamor que
se tinha em torno da Jornada, fazendo parecer que aquele evento tinha mais
importância pela sua abertura, por uma composição de mesa, do que os trabalhos
efetivamente pedagógicos. Esse ano a preocupação é esta, e já estamos com toda
a equipe de coordenadores, que tem uma importância fundamental na montagem dessa
Jornada, que será de 15 a 17 deste mês.
Diálogo com os dirigentes de sindicato
Não há dificuldade, existe um diálogo
abertíssimo, não pode ser diferente. Secretário de Educação tem que estar lutando
pelo professor. Hoje estou como secretária, mas sou professora há 25 anos. A
relação de boa convivência é de fundamental importância. Não acredito que, com
uma secretária que não tenha boa relação com os professores, algum trabalho
possa dar certo. Em relação à APLB temos dialogado, firmado compromisso de
corrigir algumas injustiças de anos, pelos direitos de professores não
reconhecidos. Até dezembro de 2017, daremos conta dos novecentos e poucos
processos que existem dentro do Recursos Humanos, corrigindo uma injustiça.
Qualidade dos transportes da zona
rural
Em várias conversas
com o prefeito existe essa preocupação, e existe também uma determinação de
fazer com que o transporte seja adequado. Qualquer coisa de irregular, deve
haver cobrança da família e dos estudantes. Teremos uma pessoa dentro da
secretaria de Educação completamente dedicada a cuidar do transporte, a
fiscalizar, a fazer um roteiro surpresa para averiguar a qualidade do
transporte e comportamento dos motoristas. Será feita, antes do início do ano
letivo, uma reunião com os motoristas escolares para deixar claro a importância
do cuidado e do zelo que eles devem ter com os alunos, até porque o transporte
existe para o aluno.
Por Diogo Souza
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