segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A secretária municipal de Educação, Neuza Ribeiro, concedeu entrevista ao programa Conexão Chapada nesta segunda, 06. Confira alguns trechos:


Encontro com os gestores escolares

O contato com os professores é primordial. Afinal todos somos professores e estamos alinhados com o pensamento da boa relação e convivência, que é fundamental.
O foco está voltado para a melhoria dos espaços escolares, que infelizmente não estão nada adequados. Temos a intenção de que todos os alunos sejam matriculados. Vamos voltar toda a atenção para a educação infantil. Não adianta se preocupar com o meio, com o fim, se não cuidar do início.

Participação dos pais no ambiente escolar
Tem papel fundamental, e infelizmente não é isso que a gente vive. Muitos pais conhecemos na matrícula e no encerramento do ano letivo. Normalmente temos acesso a eles quando o filho não está aprovado. Isso é um equívoco. A família deve participar ativamente da vida de seu filho na escola, cobrando, reivindicando, acompanhando, porque a escola é a extensão da educação, mas a educação básica vem de casa.

Psicologia como auxílio
O psicólogo, a gente entende que é uma figura importante na escola. Hoje deveríamos ter continuamente um psicólogo participando do processo escolar. Muitas vezes a gente foca no aluno as questões sociais, no entanto, em boa parte é a família que precisa de atenção, de acompanhamento. Daí a necessidade da participação ativa para entender o que ocasiona tantos ‘probleminhas’ de relacionamento, de não aprendizagem do aluno na escola. Temos hoje uma demanda muito preocupante do não rendimento escolar. Temos que buscar a ponta do novelo. Se tem algo errado, a gente faz o diagnóstico, mas não consegue resolver sozinho.

Situação dos prédios que abrigam unidades escolares
Depois de já ter feito visita a alguns, quero pedir desculpas à sociedade ipiraense por colocar seus filhos em unidades escolares tão degradadas. Fico muito preocupada e pensativa quanto à presença das crianças num espaço onde não oferece a menor condição de bem-estar. Na escola, isso é um equívoco imenso. Não é fácil corrigir porque demanda tempo, a gente precisa começar o ano letivo.

Necessidade de intervenção do poder público em reformas
Na verdade, estava previsto para começar uma reforma em dezembro, infelizmente não foi possível por questões outras. Nós temos o recurso próprio para a reforma e manutenção das escolas. Como não dava tempo do processo legal de licitação, até o início do ano letivo, estão sendo feitas limpezas, manutenção de vazamento, coisas menores em todas as escolas. Em virtude do adiamento do calendário do ano letivo, previsto para dia 20, vamos cuidar do assunto reforma no recesso junino. O dinheiro para isso já tem.

Jornada Pedagógica 2017
A jornada pedagógica terá um formato diferente. Ao invés de fazer uma abertura, será feito um encerramento, com presença de dois palestrantes, um pela manhã e outro pela tarde. O tema será “Semear para educar: educação a serviço de todos”. Sempre me incomodou muito, certo clamor que se tinha em torno da Jornada, fazendo parecer que aquele evento tinha mais importância pela sua abertura, por uma composição de mesa, do que os trabalhos efetivamente pedagógicos. Esse ano a preocupação é esta, e já estamos com toda a equipe de coordenadores, que tem uma importância fundamental na montagem dessa Jornada, que será de 15 a 17 deste mês.

Diálogo com os dirigentes de sindicato
Não há dificuldade, existe um diálogo abertíssimo, não pode ser diferente. Secretário de Educação tem que estar lutando pelo professor. Hoje estou como secretária, mas sou professora há 25 anos. A relação de boa convivência é de fundamental importância. Não acredito que, com uma secretária que não tenha boa relação com os professores, algum trabalho possa dar certo. Em relação à APLB temos dialogado, firmado compromisso de corrigir algumas injustiças de anos, pelos direitos de professores não reconhecidos. Até dezembro de 2017, daremos conta dos novecentos e poucos processos que existem dentro do Recursos Humanos, corrigindo uma injustiça.

Qualidade dos transportes da zona rural
Em várias conversas com o prefeito existe essa preocupação, e existe também uma determinação de fazer com que o transporte seja adequado. Qualquer coisa de irregular, deve haver cobrança da família e dos estudantes. Teremos uma pessoa dentro da secretaria de Educação completamente dedicada a cuidar do transporte, a fiscalizar, a fazer um roteiro surpresa para averiguar a qualidade do transporte e comportamento dos motoristas. Será feita, antes do início do ano letivo, uma reunião com os motoristas escolares para deixar claro a importância do cuidado e do zelo que eles devem ter com os alunos, até porque o transporte existe para o aluno.

Por Diogo Souza

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