terça-feira, 3 de abril de 2018

Novo comandante da 98ª CIPM, Capitão PM Valdino Sacramento exalta apoio da sociedade e de sua tropa em trabalho na região: “Elo forte na corrente do bem”



Em cerimônia de passagem de comando, ocorrida no último dia 22 de março, o capitão PM Valdino Sacramento assumiu o comando da 98ª CIPM, cargo anteriormente ocupado pelo Major PM Joaci Martins. Sacramento concedeu entrevista na manhã dessa terça, 03, ao Conexão Chapada, e tratou de temas como estrutura da 98ª CIPM, segurança na zona rural e programas especiais, dentre outros. Você pode acompanhar a seguir alguns trechos da entrevista.


Estrutura da Companhia (envolve Ipirá, Baixa Grande, Pintadas e Mundo Novo)

É compatível com o estudo estratégico que é realizado pela área especializada da Corporação, a fim de prover a região abrangida, tanto em suporte material, quanto pessoal.


Clamor por segurança na zona rural

Esse clamor é nacional. A estrutura de segurança pública vem sendo questionada, nos últimos tempos, de uma maneira mais enfática. Precisamos de uma contextualização sócio-política para entender essa demanda, que finaliza basicamente naquele que consegue chegar mais próximo da população, que é a Polícia Militar na maior parte das vezes, principalmente através do sistema 190. Na região, temos uma abrangência territorial extremamente vasta, pra que a gente atenda a uma demanda em determinados povoados é necessário que a antecipação ao problema venha ao nosso conhecimento em tempo hábil, porque nosso tempo de resposta à zona rural não é o ideal. O comandante regional (Chapada), Coronel Valter Araújo, firmou uma parceria com o poder público municipal. Existe um convênio entre a Secretaria de Segurança Pública e o município de Ipirá, para implementar esforços no que chamamos de ronda rural, que significa abranger o policiamento convencional às zonas mais afastadas do centro do município. Essa operação se baseia em dados estatísticos, como ocorrências registradas, números de chamadas e perspectivas da comunidade, daí fazemos o cartão programa, que é uma espécie de roteiro para atendimentos e rondas.


Problema com som automotivo

Não é exclusivo dessa região. Em Salvador temos várias ocorrências. Está ligado a outros fatores como bebidas em excesso e substâncias proibidas em festas de paredão, como são conhecidas. Há uma premissa antiga, que é a de que meu direito termina quando começa o do próximo. Até por uma questão de educação, temos que respeitar a privacidade, intimidade e o repouso alheio. A legislação prevê, na lei de crimes ambientais, uma figura típica que pode ser encaixado a partir dessa prática de som abusivo. O código de trânsito também prevê, em casos de som exacerbado, penalidades e infrações. A polícia militar, se for acionada, vai intervir. Num primeiro momento, conclamo a população a se conscientizar disso, num segundo momento, a gente vai ter que atuar de forma repressiva.


Atuação da Rondesp (Rondas Especiais) em Ipirá

Sou suspeito para falar, porque integrava a Rondesp em Salvador. Tenho muito carinho, admiração e respeito pela unidade. A Rondesp aqui da Chapada é comandada pelo Major Carlos Augusto, que tem sua sede em Itaberaba. É uma tropa que é uma força de reação do comandante regional, do Coronel Valter Araújo. Em planejamento, solicitamos o apoio, o reforço operacional das rondas especiais, a fim de intensificar o policiamento contribuindo com nossas guarnições da 98ª CIPM. Não é permanente, ela vem para atendimento de determinadas demandas que não seriam atendidas de maneira imediata, sem seu apoio. É uma ação extremamente válida, de percepção de segurança muito grande. Concomitante a isso, temos na 98ª CIPM o PETO (Pelotão de Emprego Tático Operacional), que é da nossa unidade e atua de maneira similar.


Programa Pacto pela Vida

É um programa de governo voltado à preservação da pessoa humana, da vida, englobando toda a estrutura de defesa social, instituições de segurança pública e outras de estado, que têm o intuito de adotar medidas para se reduzir o índice de violência. O programa estabelece índices, indicadores e metas a serem alcançadas. Sou avaliado, semanalmente, a respeito dos crimes violentos letais intencionais (CVLI), então tenho que adotar medidas de policiamento a fim de coibir mortes, preservar a vida, a incolumidade do cidadão.


Segurança em área escolar

A temática da juventude envolvida com a utilização de substâncias entorpecentes proibidas, vem desde a família. A gente tem preocupação com nossos parentes, adolescentes e jovens, e essas substâncias tem papel importante na prática de violência e resultado letal em algumas ocorrências, mais especificamente pelo crime de tráfico de drogas. A gente entende que a escola é uma extensão da família, e é importante a PM estar próxima das escolas, não apenas para fazer abordagens e segurança, mas para interagir, esclarecer ao jovem aluno, o comportamento de cidadão, o respeito ao professor e à família, à conscientização para o não uso de drogas, e a aproximação do policial como amigo. Dentro de nossa perspectiva, vamos intensificar a ronda escolar, com policiais pré-selecionados para se adequar à linguagem do jovem e interagir com eles. A população não se assuste caso algumas pessoas venham a ser abordadas pela polícia nas cercanias das escolas. Toda vez que suspeitarmos que está havendo tráfico de entorpecentes próximo a escolas ou qualquer outro lugar, nós vamos parar e abordar. A abordagem nada mais é do que a aproximação do policial, com uma pequena entrevista. Graças à tecnologia temos sistemas de verificação para saber se tem algum mandado judicial em aberto contra a pessoa, e seu histórico quanto à ocorrência policial.


Crimes de trânsito

O controle de trânsito é feito, em parte, pelo munícipio, e outra parte, pelo estado. A Polícia Militar, por força de lei do Código de Trânsito Brasileiro, tem uma esfera de atribuição de fiscalização de trânsito também, o policial militar pode emitir autos de infração de trânsito. Num primeiro momento, gostaria de conclamar a população da região, a respeitar as regras de trânsito.


Violência contra a mulher

A questão do enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher é uma questão nacional, que tem sido tratada com maior ênfase a partir do advento da Lei Maria da Penha. É um fato infeliz, triste, mas que ainda perdura. Vamos estar, em médio prazo, buscando parcerias para efetivar a ronda Maria da Penha no âmbito da 98ª CIPM, a fim de que aquelas mulheres que sejam vítimas de violência, de qualquer natureza, física e psíquica, possam contar com o apoio da Polícia Militar e que esta possa dar encaminhamento às demandas para outros órgãos de assistência social, com recursos de saúde, pra que a vida digna da mulher seja preservada. Os policiais vêm sendo capacitados gradativamente à forma de lidar com esse tipo de ocorrência. Nesse tipo de delito, a ação penal é pública incondicionada, ou seja, qualquer cidadão (vizinho, parente, amigo e conhecido), ou o próprio policial percebendo, de ofício, ele pode intervir e adotar as medidas legais cabíveis.



Por Diogo Souza

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