quarta-feira, 4 de abril de 2018

“Participo de uma Câmara que tem sido omissa”, admite o vereador Jaildo do Bonfim






Em entrevista ao programa Cidade Agora, da Ipirá AM, nessa quarta, 04, o vereador Jaildo do Bonfim traçou um quadro da gestão municipal até o momento. Jaildo manifestou seu posicionamento perante o que tem acontecido ultimamente em Ipirá, a exemplo da polêmica votação de aumento para chefe de gabinete, suplementação orçamentária, gestão da macacada, arrecadação municipal e Casa dos Estudantes, dentre outros assuntos.


Câmara omissa

Jaildo fala da força que o vereador possui, que se fosse de real conhecimento de seus pares, “não se aliava a prefeito algum, mas sim à sociedade”. Ele sustenta sua posição sob o ponto de vista das promessas feitas pelos candidatos na campanha. “Promete o céu e as estrelas”, afirmou. Depois de eleito, segundo o vereador, começam a surgir as alegações de “poucos recursos”. Jaildo afirmou que a Câmara precisa se posicionar. “Não só nessa gestão, nas outras também deixaram de fazer, se aliando e se apadrinhando com grupos políticos, deixando de mostrar sua força e o poder que tem de ajudar a população”. Questionado sobre onde está o erro, Jaildo não titubeia. “Primeiro erro da Câmara está na situação, seja na gestão passada, seja nessa gestão”.


Votação de reajuste para chefe de gabinete

De acordo com Jaildo, o projeto não seria votado por conta de uma suposta chateação do vereador da base, Heckel Oliveira, cunhado do vice-prefeito, o médico Zé Ricardo. O vereador teria contado que existe um atraso de 5 meses com a clínica pertencente ao vice-prefeito. “Ele não vai dizer que é mentira, porque falou comigo e não pediu segredo”, garantiu o vereador Jaildo. O que aconteceu, conforme disse Jaildo, foi que os vereadores da base articularam de modo que conseguiram um voto da oposição (Benedito do Leite) e contaram também com duas ausências, Caryl Oliveira e Marcos de Dadá.


Orçamento

O vereador ressaltou a “falta de conhecimento e a paixão política no município” para falar sobre a utilização do orçamento livre sem o acompanhamento devido da Câmara, que só acentua a submissão do vereador ao prefeito. Jaildo fala que o orçamento é para ser “elaborado por profissionais, de forma técnica, e não ser remanejado da forma que é”.


Por que a macacada perdeu?

Jaildo diz que por diversos fatores. O primeiro, segundo ele, foi o desgaste de 12 anos de poder. O segundo seria a presença de algumas pessoas em determinados cargos que só desagregavam. “Isso que você tá vendo de reclamação dessa gestão, você ouvia melhor do povo no último mandato do grupo ao qual pertenço”, diz. O vereador recorda que abordava essa situação na época, e chamava pra ‘acordar’, porque o povo iria dar a resposta.

O vereador fala ainda sobre a atuação do prefeito de hoje, na época em que era âncora em programa de rádio. “Além disso, tínhamos um candidato em um estúdio, deduzindo que aquele quadrado onde estava era o município de Ipirá. E ali prometeu: ‘eu te darei o céu, meu bem, e o meu amor também’. Usava uma palavra de ordem muito forte: ‘vou colocar o dedo na ferida’. O povo olhando o desgaste da macacada, resolveu dar uma oportunidade".


Arrecadação municipal

Jaildo diz que o prefeito foca muito na questão de arrecadação. “Pra o povo ter vontade de pagar, deveria haver a contrapartida dos benefícios, que não tem em Ipirá”, assinala.


Reunião com a AEIPI

O prefeito teria fechado o canal de diálogo com a Casa, segundo o vereador. Ele conta que a reunião que ocorreu ontem serviu pra reabrir esse diálogo. A reunião que serviu para oxigenar o movimento contou com a presença dos professores Agildo Barreto e Arismário, vereadores, estudantes e ex-residentes da Casa. “A prioridade nesse momento é a subvenção para a sobrevivência dos estudantes e a quitação de algumas dívidas”, disse.


Por Diogo Souza

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