segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Novo major à frente da 98ª CIPM de Ipirá, fala de segurança pública em conceito amplo e aponta lacunas na estrutura encontrada na cidade



Das recordações de criança, com brincadeiras em período de férias escolares, na casa de sua avó, aqui em Ipirá, até os dias de hoje, muita coisa foi vivenciada pelo novo major da  98a Companhia de Polícia de Ipirá, Giliam Silva. Ele é natural de Salvador e desenvolveu seu último trabalho na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, mas tem raízes em seu novo local de trabalho. Há quase um mês em Ipirá, ele agora se depara com uma realidade bastante diferente e desafiadora.

Segundo o major, ele chega para assumir as diretrizes da instituição, bem como as diretrizes do comando regional, na pessoa do coronel Marcelo Pinto. O major Giliam Silva emprega um discurso de somatório de forças para se alcançar uma segurança pública em sua plenitude.

De acordo com ele, o problema com as drogas, juntamente com a desestruturação de algumas instituições, fazem cair por terra paradigmas que contribuem na formação do homem como ser social. “Hoje, a família perdeu o papel de socializar o indivíduo, muitas vezes por causa da globalização”, avalia, tratando de influências cada vez maiores mundo afora, para além da referência nuclear de pai e mãe. Para ele, muitos dos problemas ocasionados por essa desestruturação, desaguam no sistema de segurança pública e proteção social.

De antemão, o major diagnosticou algumas situações que se tornam desafios para enfrentar. Ele apontou uma série de lacunas para a realização de um trabalho que possa apresentar melhores resultados, e disse que iria tentar, junto ao poder público municipal, judiciário, polícia civil, Detran e demais órgãos, medidas para que a segurança pública chegue a níveis aceitáveis para a população. Silva também realçou o papel do trabalho em parceria com a imprensa para se chegar às diversas camadas sociais, conscientizando as pessoas e consequentemente refletindo em maior eficiência das ações da força policial.

O major disse estar, nesse momento, estabelecendo a política de proximidade com diversos órgãos, visando uma segurança mais promissora para a comunidade. E como parte dessa rede de parceria, revelou ter tido uma conversa com o prefeito Thiago do Vale, na qual expôs a situação da sede da companhia, que não apresenta condições sanitárias condizentes e, portanto, pediu a mudança. Ouviu a resposta em tom positivo, que haveria nesse primeiro momento uma mudança para um local mais digno.

Silva disse ter um projeto para sede própria, a ser implantada daqui a dois ou três anos, que vai levar ao governo do estado, e vai possibilitar à comunidade estar mais perto.

Ainda nessa seara das melhorias estruturais, o major citou algumas lacunas que entende como importante a existência para maior êxito do trabalho policial: cidade com mais de 50 mil habitantes sem monitoramento por câmeras, o que traria uma sensação de maior segurança; ausência de serviço de urgência e emergência, o que faria desonerar a polícia militar em algumas atribuições,  como lidar com algum sujeito em surto, por exemplo; trânsito municipalizado, mas que não funciona; guarda pública municipal; falta de um plantão central da polícia civil nos finais de semana; sala de aula e alojamento para abrigar núcleo de formação de policiais para aumentar o efetivo, com mais gente dessa mesma região; equipe estruturada de bombeiros, para combate a incêndios, por exemplo; e secretaria municipal de meio ambiente para zelar por uma natureza mais equilibrada, sem poluição sonora, com controle de crimes contra o ambiente e até mesmo contra animais.

O major Giliam Silva encerra dizendo que são órgãos que precisam ser estruturados na cidade de Ipirá, em nome de um ambiente mais condigno socialmente, para além dos trabalhos realizados pelas secretarias municipais já existentes.

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