Por Diogo Souza
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Atilano Teixeira Campos, novo
delegado do município de Ipirá, concedeu entrevista ao programa de rádio Conexão
Chapada, na manhã dessa quarta, 11. Inicialmente, Campos destacou a soma de
forças para a reestruturação porque passa a delegacia local.
“A delegacia de Ipirá está
passando por um procedimento de reforma. O governo do estado vem construindo
novas delegacias e reformando outras. A estrutura aqui é muito boa, é uma
delegacia grande, já foi sede de coordenadoria, tem uma equipe considerável de
policiais. Agradeço a receptividade que tive da população e de operadores do
direito. Agradeço à gestão municipal pela parceria, nos reunimos e eu expus as
necessidades da delegacia. O município tem uma função muito importante. A
constituição federal diz que a segurança pública é de responsabilidade de todos
os entes políticos, e existem convênios firmados entre a secretaria de
segurança pública e alguns municípios, Ipirá é um deles. Fui muito bem recebido
pela gestão daqui, eles foram sensíveis e estão colaborando com esse processo
de reforma e conservação do prédio”, afirmou.
A relação com o Conseg
(Conselho de Segurança Pública) foi um tema abordado na entrevista. “A relação
da Polícia Civil do Estado da Bahia com a população, órgãos e principalmente
com instituições como o Conseg, de interesse social, é fazer com que essa ponte
entre a sociedade civil e órgãos da segurança pública seja a melhor possível.
Estou aqui há pouco tempo, mas já fizemos uma reunião com o pessoal do Conseg,
junto com os promotores de justiça que atuam na área criminal, muito produtiva.
Os conselheiros trouxeram algumas demandas e nós estamos fazendo um estudo da
análise criminal daqui da cidade, pontuando quais são os locais onde o crime
acontece com mais frequência, para poder estabelecer uma política de
enfrentamento”, salientou.
Campos falou da contribuição
da comunidade na elucidação dos crimes. “Se o cidadão for vítima de algum
crime, dependendo de qual crime se trate, ele vai precisar registrar uma
ocorrência na delegacia. Ele pode registrar a ocorrência de algum fato atípico
ou de algum outro crime que possa ser feita também via internet, na delegacia
virtual. O registro da ocorrência é fundamental para que a gente inicie uma
investigação”.
Outro tópico abordado, que
envolve grande clamor popular, é sobre a necessidade de plantão (as diligências
são feitas em Itaberaba), aos finais de semana. “Para essa pauta de
estabelecimento de plantão, é necessário que mais servidores sejam lotados na
delegacia. Nós temos um concurso em andamento, o atual secretário de Segurança
Pública, o governador do Estado, o delegado geral, têm como objetivo aumentar o
efetivo da Polícia Civil. É natural que, quando o efetivo estiver maior,
consigamos estabelecer o plantão aqui nos finais de semana, mas não tenho como
precisar quando vai acontecer. É uma pauta que se discute, sim”.
Respondendo a questionamento
de ouvinte, Campos explicou sobre a competência para tratar de alvará. “Quem
emite o alvará é a prefeitura, a autorização para funcionamento de qualquer
estabelecimento é da prefeitura, é competência do município. As pessoas
comunicam a festa, mas o horário dos servidores policiais daqui é
administrativo, de segunda a sexta, das 08h às 18h. Se não tem plantão, a
equipe da polícia civil só vai atuar se houver uma determinação do governo do
estado”, explicou.
Por fim, o novo delegado falou
das perspectivas com relação à atuação da sua equipe de trabalho, aqui em
Ipirá. “A Polícia Civil do Estado da Bahia vai trabalhar arduamente, com
afinco, para tentar prestar um serviço de excelência na área de segurança
pública aqui no município. Conto com a colaboração das pessoas, nós vamos nos
aproximar para isso, porque é de suma importância em todos os sentidos. Às
vezes um crime acontece, uma testemunha viu, mas fica com medo... enfim, por
questões outras não quer se intrometer, ou acha que não é problema seu, e acaba
que a gente não consegue demonstrar um crime por conta disso. Vamos criar
canais sigilosos para que possamos obter sucesso no enfrentamento a
criminalidade”, reforçou.
O delegado fala ainda da criação
de um canal para denúncia anônima. “Vamos criar um canal para denúncia anônima,
não canal zap para as pessoas ligarem. Para esse serviço já existe o próprio
número da delegacia. Se um crime estiver acontecendo, precisam ligar no 190, ou
para a Polícia Militar, que é a polícia ostensiva, que está na rua a todo
momento, para que tome as primeiras providências e conduza, se for o caso,
todos os envolvidos para a delegacia de polícia. O canal a ser disponibilizado
pela polícia civil, será para denúncia sigilosa, principalmente com crimes ligados
ao tráfico de drogas”, pontuou.
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