BRASIL
Corrupção é causa de 66% de casos de expulsão do servidor federal em 2017
O principal motivo das expulsões foi a prática de atos relacionados à corrupção, com 335 das penalidades aplicadas ou 66% do total.
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Foto: Arquivo/Agência Brasil |
Agência Brasil - O Ministério da
Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou hoje (8) que o
enfrentamento à impunidade no Poder Executivo Federal resultou, em 2017, na
expulsão de 506 agentes públicos por envolvimento em corrupção e atividades
contrárias ao Regime Jurídico dos Servidores (Lei nº 8.112/1990).
O principal motivo das expulsões
foi a prática de atos relacionados à corrupção, com 335 das penalidades
aplicadas ou 66% do total. Já abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação
ilícita de cargos aparecem em seguida, com 125 dos casos. Também figuram entre
as razões proceder de forma desidiosa (negligência) e participação em gerência
ou administração de sociedade privada.
Entre os atos relacionados à
corrupção estão valimento do cargo para lograr proveito pessoal; recebimento de
propina ou vantagens indevidas; utilização de recursos materiais da repartição
em serviços ou atividades particulares; improbidade administrativa; lesão aos
cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.
Ainda de acordo com o balanço, ao
longo de todo o ano passado, foram registradas 424 demissões de funcionários
efetivos; 56 cassações de aposentadorias e 26 destituições de ocupantes de
cargos em comissão. Os dados não incluem empregados de empresas estatais como
Caixa Econômica Federal, Correios e Petrobras.
O Relatório de Punições
Expulsivas é publicado mensalmente na internet de forma a prestar contas sobre
a atividade disciplinar exercida no âmbito do Executivo Federal.
O ministério mantém ainda o
Cadastro de Expulsões da Administração Federal, que permite consultar, de forma
detalhada, a punição aplicada ao servidor, órgão de lotação, data da punição,
unidade da Federação e fundamentos legais. A fonte das informações é o Diário
Oficial da União.
Impedimentos
Segundo o CGU, servidores
apenados nos termos da Lei Ficha Limpa ficam inelegíveis por oito anos. A
depender do tipo de infração cometida, eles também podem ficar impedidos de
voltar a exercer cargo público.
“Em todos os casos, as condutas
irregulares ficaram comprovadas após condução de Processo Administrativo
Disciplinar (PAD), conforme determina a Lei nº 8.112/1990, que garantiu aos
envolvidos o direito à ampla defesa e ao contraditório”, informou o órgão.
Balanço
Desde 2003, o Governo Federal
expulsou 6.714 servidores. Desses, 5.595 foram demitidos; 549 tiveram a
aposentadoria cassada; e 570 foram afastados de suas funções comissionadas.
Nos últimos 15 anos, as unidades
federativas com mais punidos foram Rio de Janeiro (1.211), Distrito Federal
(800) e São Paulo (716). Já as pastas com a maior quantidade de expulsões foram
o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário – que absorveu o INSS; seguido
pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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