Temer sanciona, com veto, Orçamento de R$ 3,5 trilhões para 2018
Entre outros pontos, texto prevê fundo de R$ 1,7 bilhão para campanhas eleitorais e R$ 888,7 milhões para partidos. Segundo Planalto, Temer vetou recurso extra para fundo de Ensino Básico.
O presidente Michel Temer sancionou nesta terça-feira (2) o Orçamento da
União de 2018. O valor total, aprovado pelo Congresso em dezembro, é de R$
3,5 trilhões, incluindo o refinanciamento da dívida pública. A lei será
publicada na edição desta quarta (3) do "Diário Oficial da União".
A texto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018 define as receitas e as
despesas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para o ano.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Temer vetou apenas um ponto
da lei, referente a recurso extra de R$ 1,5 bilhão para o Fundo de Manutenção
do Ensino Básico aprovado pelo Congresso. Ainda de acordo com a assessoria, o
veto se deve ao fato de o fundo já ter sido contemplado com aumento de cerca de
R$ 14 bilhões, em relação a 2017.
Entre outros pontos, o Orçamento deste ano prevê a destinação de R$
1,7 bilhão para o fundo criado para financiar as campanhas eleitorais com
dinheiro público. O fundo será abastecido, em parte, com 30% das emendas
parlamentares de bancada – indicações de deputados e de senadores de obras e
serviços que deverão receber verbas do Orçamento.
O Fundo Partidário, que já existia e destina recursos às legendas, terá o
valor proposto inicialmente pelo governo: R$ 888,7 milhões.
Ainda no texto, está prevista a destinação de R$ 250 milhões para a
implantação do voto impresso, exigência aprovada na reforma política que passou
no Congresso em outubro.
Saúde e educação
A proposta de Orçamento teve que respeitar os limites fixados pela emenda
constitucional que estabeleceu um teto de gastos públicos.
Saúde e educação, contudo, são as duas áreas que têm um montante mínimo a
ser aplicado.
Quando apresentou o parecer, o relator do Orçamento, Cacá Leão (PP-BA),
ressaltou que as ações de saúde receberiam R$ 1,8 bilhão acima do mínimo, de R$
117,4 bilhões, chegando a R$ 119,2 bilhões.
Na educação, a aplicação mínima exigida é de R$ 49,6 bilhões e, pelo
texto aprovado, deveria chegar a R$ 89 bilhões. O valor aprovado pelo Congresso
é R$ 3,1 bilhões mais alto que a proposta do governo, que previa R$ 85,9
bilhões para a área.
Salário mínimo
O texto aprovado no Congresso previa o valor do salário mínimo de 2018
proposto inicialmente pelo governo, de R$ 965. Porém, após atualização do
cálculo, o valor foi oficializado na última semana em valor mais baixo, de
R$ 954.
O valor é definido por um cálculo que leva em conta a inflação do ano
anterior e o crescimento do PIB de dois anos antes.
Déficit
O texto aprovado pelo Congresso estipula as receitas e despesas levando
em consideração o déficit primário de até R$ 159 bilhões para 2018, conforme
estimativa feita pelo governo e aprovada pelo Legislativo em agosto.
O relator do Orçamento avaliou, porém, que considerando os gastos e as
receitas estimadas para o ano que vem, as contas públicas vão fechar com um
rombo um pouco menor, de R$ 157 bilhões.
Fonte: G1-Brasília / Bernardo Caram
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