quinta-feira, 29 de março de 2018

Fala, prefeito! Qual Ipirá você quer para o futuro? Envie seu vídeo

Imagem: Reprodução


A Rede Globo está com um quadro em seus telejornais chamado de “o Brasil que eu quero”, no qual brasileiros de qualquer cidade do país podem gravar um vídeo de até 15 segundos, e deixar o seu recado sobre o que quer para o país. Segundo a emissora, você pode ser o porta-voz de sua cidade com essa ação.

Quem se interessar, pode escolher um dos lugares mais conhecidos de sua cidade, falar o seu nome e o do município onde está. Logo depois solta o verbo, em no máximo 15 segundos, com o celular na horizontal, e gravação durante o dia.

Aproveitando que é semana santa, quem for ao monte alto nessa sexta, terá uma excelente oportunidade para gravar. Aponte a câmera lá do alto, mostre a bela imagem panorâmica de Ipirá, e diga seu desejo a respeito do Brasil – ou sobre Ipirá mesmo.

O Mídia Ipirá fez uma adaptação do quadro da Globo, pra tratar da realidade local. Aqui a mensagem selecionada é do prefeito Marcelo Brandão, porta-voz que vai falar por Ipirá. Foi feito um compilado do que há de mais alvissareiro em seus últimos discursos. A mensagem não foi dita em sequência. Ela é uma junção de pronunciamentos feitos pelo prefeito, recentemente, que saltam aos olhos.

Mas para atender à lógica dos 15 segundos, como exige o vídeo do quadro da Globo , a adaptação aqui será coerente com esse tempo. Numa leitura corrida, cumprindo a média do tempo, o texto ficou dessa forma:

“Olá, meu nome é Marcelo Brandão, falo de Ipirá-BA, sou o atual prefeito desta cidade. A Ipirá que eu quero para o futuro é uma Ipirá pujante, em que os governantes aprendam a administrar pelo viés técnico, sem fazer fanfarra com o poder público municipal, e sem paralisia de realizações!”

O quadro fala em futuro, em mudança por vir. Desse modo, os ipiraenses ficam receosos quanto ao real interesse do atual prefeito para já implementar medidas, em sua gestão, que possam indicar transformações para atender a esse padrão exemplar de governo, como expresso em seu desejo e conforme prometeu à cidade.


Por Diogo Souza

quarta-feira, 28 de março de 2018

“Quero saber até aonde esse homem vai, dessa maneira”, indaga-se Benedito do Leite, sobre a administração do prefeito MB

Imagem: Reprodução

O vereador Benedito do Leite concedeu entrevista ao programa Cidade Agora, da Ipirá AM, nessa quarta, 28. O edil, que está em seu 8º mandato, usou de sua experiência e andanças pelo município, pra falar sobre a administração pública até o momento.

Benedito questionou sobre a situação das estradas na região do couro. Segundo ele, 49 km até o povoado do Amparo estão sendo feitos em 2 horas, de moto. Disse também que no posto do Malhador, o médico se desentendeu com a enfermeira e acabou deixando o local. A Saúde no município hoje, para o vereador, “não existe”. Benedito queixa-se que nunca mais foi feito um preventivo.

Questionado sobre distribuição da merenda escolar, o vereador diz que o povo não está preocupado com o depósito em si, mas sim com a merenda nas escolas para os alunos.

Sobre medicamentos distribuídos pelo governo, afirma que “desde outubro que não tem nem o básico”. No entanto, de acordo com o que disse, convênio de mais de R$ 400 mil reais já foi assinado.


Voto favorável ao reajuste para o chefe de gabinete

Ponto fora da curva, para muitos, o voto a favor do reajuste de 445% para o chefe de gabinete, foi abordado pelo vereador. Ele citou as responsabilidades atinentes ao cargo e disse que não votou só para o atual. Quem vier depois, de um grupo ou outro, terá o mesmo salário a partir de agora.


Farra de aluguel

O vereador disse que o documento que aponte erros do prefeito, que seja encaminhado pelo líder da oposição, Deteval Brandão, ele assina em todos. “Agora mesmo está tendo uma farra de aluguel. Não vamos dar entrada aqui não, será em Salvador. Tem prédio que tá alugando por sala”.


Crença em reviravolta do governo

Benedito diz não acreditar em reviravolta. “O que começa errado, termina errado. Não vejo condições nenhuma dele se achar”. O vereador falou ainda sobre a ligação do prefeito com alguns jovens, que estão ocupando determinados órgãos sem experiência suficiente. Não mencionou, no entanto, os órgãos.

O montante da arrecadação do município foi lembrado, assim como as reclamações que o atual gestor fazia no rádio. “Ele tá pagando o que deve, porque antes mandava que os prefeitos se levantassem da cadeira”, afirma. Benedito diz estranhar a cobrança dirigida aos secretários no rádio, agora, e não mais ao prefeito. “Hoje você liga pra lá e ninguém atende como antes”, refere-se ao programa de rádio em que o prefeito era âncora, o Conexão Chapada.

“Sempre eu dizia: a mentira repetida, vira verdade. Foi o que aconteceu com Marcelo, mostrou a cara. Esse mandato ele vai terminar, agora outro mais nunca em Ipirá, do jeito que eu vejo a situação, na boca do povo que votou nele. Nós, da macacada, não estamos reclamando, apenas mostrando os erros. O lugar que você chega hoje, povoado e aqui na cidade, você não encontra uma pessoa pra dizer que repete esse voto”, aponta o vereador.

De acordo com o edil, foram muitas promessas, tudo estava resolvido pelo rádio. “O cara fazia uma ligação lá do Agaú... ‘cadê o prefeito? Se fosse eu, resolvia’”, relembra Benedito, sobre reação do prefeito nos tempos em que esbravejava no rádio contra administrações passadas.

Por fim, do alto da experiência de 8 mandatos e da convivência com pessoas ligadas a todas as vertentes políticas da cidade, o vereador fez uma comparação inusitada, quando se tratou da rejeição e da possibilidade de buscar a reeleição, por parte do atual prefeito. “É igual a pé de bananeira, só dá um cacho”, afirmou.


Por Diogo Souza

Enfim, aprovado!? O vereador Marcos de Dadá se mostra surpreso com reajuste para chefe de gabinete nessa terça, 27: "Não estava na pauta para votação"

Imagem: Reprodução

Foi aprovado na sessão da Câmara dessa terça, 27, o 
projeto n° 301, de 15 de setembro de 2017, enviado à Câmara pelo prefeito Marcelo Brandão, que concede aumento de 445% no salário do seu chefe de gabinete. 

A aprovação do mesmo enfrentou resistência, ainda no ano passado, juntamente com o projeto do novo código tributário do município. Mas na sessão de ontem, a Câmara não titubeou, e o projeto acabou sendo aprovado. Ao que parece, entretanto, foi uma aprovação que não teve o conhecimento de todos os vereadores.

O vereador Marcos de Dadá, da bancada de oposição, publicou em rede social sua justificativa pela ausência na sessão e afirmou não saber dessa votação, pois não estava na pauta de votação. Marcos, que já havia manifestado voto contrário ao pleito, diz que esse episódio é uma verdadeira afronta à sociedade ipiraense. “Vou me empenhar com os meios legais para reverter tal situação”, garante em nota.

O vereador Jaildo do Bonfim também se manifestou pela rede social. “Votei contra esse aumento por entender que a população vem sofrendo com a precariedade dos serviços da saúde, educação e infraestrutura, que o município vem enfrentando, e tal dinheiro poderia ser investido em soluções para melhorar a qualidade de vida da população”, disse.


Por Diogo Souza

terça-feira, 27 de março de 2018

Prestes a completar um ano de compromisso assinado, AEIPI continua a suplicar pela obra de reforma da Casa dos Estudantes de Ipirá

Local da Casa após incidente em abril do ano passado


No próximo dia 04, completará um ano que o prefeito Marcelo Brandão assinou termo de compromisso certificando o estado “deplorável” em que se encontra a Casa dos Estudantes de Ipirá, na capital do estado. A situação do local foi agravada com o desabamento de uma parede interna, conforme mostra a imagem acima.

No termo assinado, o gestor municipal compromete-se a “providenciar o aluguel de imóvel compatível para abrigar os estudantes, para, no prazo de um ano, concluir a reforma necessária do imóvel”.


Documento assinado por MB em 04/04/17

Em nota publicada hoje, a AEIPI fez um retrospecto dos acontecimentos envolvendo a mudança de casa no ano passado. “Em junho a prefeitura alugou imóvel para desocuparmos o imóvel no Tororó e começar a reforma. Devido a problemas com a casa referentes a instalação de energia elétrica, só mudamos em agosto”, diz um trecho.

A nota informa que a mudança ocorreu, de fato, no dia 12 de agosto e que no mês de novembro passaram a constatar valores altos em contas de água. Disso concluíram que a casa, anteriormente, funcionava como comércio. “Registramos queixa junto à imobiliária (mediadora) para reclamar com a embasa, mas a reclamação só foi realizada por eles em fevereiro deste ano. A embasa decidiu cortar o abastecimento de água, mesmo constatando que a reclamação procedia e os valores estavam incorretos. Não ajustaram o valor alegando que os valores anteriores à data de reclamação não seriam ajustados”, reclamam os associados.

Os estudantes dizem ainda que estão “obrigados a contratar carros pipa que duram cerca de 10 dias e custam 300 reais cada, com a dívida da embasa no valor de R$ 8.869,34”.

Depois que a polêmica emenda de R$ 1 milhão para reforma da Casa dos Estudantes e Mercado de Artes foi abortada, o prefeito Marcelo Brandão silenciou quanto ao assunto. Mas à época da discussão afirmou ser uma questão “eleitoreira”. Disse ainda que há uma planilha num valor que gira em torno de R$ 200 mil reais para a reforma da Casa dos Estudantes, e que ela terá início “oportunamente”. Sobre o Mercado de Artes, aguarda pela parceria com o Ministério do Turismo, para início das obras.



Prioridade será o Mercado, segundo vereador

Informações passadas pelo vereador Suíta, líder do governo na Câmara, em entrevista no dia 19 de fevereiro à Ipirá AM, dão conta de que há garantia de 90% desses recursos para o Mercado. O vereador informou ainda, na ocasião, que após reunião com o prefeito, ficou definido que a prioridade seria a reforma do Mercado, e que as obras teriam início dentro de 60 ou 90 dias.

Ano passado, comerciantes do Mercado fizeram “festa” de aniversário em protesto pelo estado em que o Mercado se encontra. Por sua vez, os estudantes da AEIPI, em vários momentos e encontros, durante esse tempo, têm feito mobilizações em cobrança pelo que foi acordado com o prefeito Marcelo Brandão.

A Casa hoje conta com 23 sócios e visitantes (visitantes são pretendentes a sócios que aguardam a assembleia geral), e 3 hóspedes.

A AEIPI informa que haverá “uma reunião no dia 31/03, às 15h, no espaço da APBL sindicato, para discutir estratégias e perspectivas para o futuro da associação. O prefeito também está convidado”.

Também foi disponibilizado o número de conta para doação: Agência: 1522; Operação: 013; Conta: 00132504-6; Nome: Silas Genário Lopes da Silva.


Por Diogo Souza

domingo, 25 de março de 2018

‘É a vez e a voz do povo’ em extensão (IV): a quem fala o Papo Reto, programa institucional da prefeitura de Ipirá?

Imagem: Reprodução


“Quando ele fala, é uma coisa assim... bonita... diferente!” – dessa maneira se expressou uma senhora, de uma localidade da zona rural do município de Ipirá, aqui bem próxima da sede, na semana passada, numa visita casual que foi feita em sua casa. A senhora, que terá seu nome preservado, se referia à conversa política do prefeito Marcelo Brandão, sobretudo nos tempos de Conexão Chapada.

Ela demonstra, nessa frase sucinta e singela, um comportamento que é típico de muitas pessoas que passaram toda uma vida na labuta da zona rural. Em meio ao carisma, à atenção e à boa receptividade que normalmente têm, boa parte dessa comunidade costuma também mesclar um comportamento mais arredio, com a ingenuidade própria de quem vive muito mais preocupado com o verde do pasto e a água represada para a sobrevivência digna em seu meio, do que com desenvolvimento urbano e modelo administrativo efetivamente diferenciado. Isso é algo secundário. Quando chega pra exigir um pouco, as pessoas do campo pedem estradas com boas condições para o deslocamento até a sede do município. Claro que isso é o que é mais comum, mas não somente essa queixa é o que reclamam.

Para melhor compreender as hipóteses que podem responder ao questionamento do título, o(a) leitor(a) precisa saber, desde já, uma coisa bem simples. O povo não tem muita vez em escolhas sobre o melhor a ser feito numa administração pública, como alguns governantes costumam e gostam de falar, pra fazer uma média com os incautos. Entretanto, o povo ganhou voz. Isso mesmo, ganhou amplitude na voz e nas ideias que costumeiramente propagam pelas redes sociais. Infelizmente, são ferramentas que ainda não podem ser manuseadas de forma maciça pelas pessoas com o perfil da senhora citada acima, no meio em que vivem, pois tecnologia da informação é algo muito novo para ser desbravado por eles.

Uma primeira hipótese para responder ao questionamento do título seria justamente a magia sobre a qual se deixa abater boa parte do município de Ipirá, que tem o perfil semelhante ao da agradável senhora personagem que inspirou essa matéria. Uma vez que a zona rural daqui é bem extensa, com um eleitorado em número significativo, as ondas do rádio alcançam seguramente qualquer morada nos mais recônditos lugares. E como a audição dessas pessoas possuem maior sensibilidade com “conversa bonita e diferente”, conforme afirmou nossa personagem, o rádio em Ipirá, em meio aos programas de música, entretenimento e informação, encontra vigor e motivação também atinentes aos apelos com propósitos eleitorais, em conformidade com a polarização das principais siglas partidárias do município. Sendo assim, não haveria muita dúvida sobre o foco maior a que se dirigem as palavras do prefeito, no Papo Reto.

Uma segunda hipótese, a confirmar a prioridade dada à zona rural no conteúdo e na maneira como se fala, seria exatamente o domínio e o acesso maiores pela população urbana às informações circulantes nas redes sociais e sites de notícias locais. Com esses recursos tecnológicos mais disponíveis na sede do município, é absolutamente perceptível o choque direto, frontal, com o que normalmente se observa no discurso e na prática do governo municipal.

Quando o prefeito diz que o nome do programa é Papo Reto porque vai colocar o dedo na ferida (nos problemas), e que vai resgatar a pujança que a cidade tem em seu âmago, a recepção que o público do meio rural e urbano têm a essa informação, é coisa de uma distância abissal. Seria como os singelos eleitores da zona rural, os mais antigos preferencialmente, aqueles acostumados no passado a firmar um contrato por meio da palavra, acreditassem que em breve Ipirá tornar-se-á uma metrópole regional sob a batuta de uma varinha de condão que tilintou durante anos, uma hora ao dia.

A população da sede, por sua vez, mais atenta aos debates nas redes e nas ruas, e portanto com mais ferramentas para a discussão, começa a se questionar sobre as pedras no caminho que embaraçam o desfrute de uma “requalificação”, com “viés técnico”, como o prefeito tem frisado ultimamente, que estava faltando às últimas administrações. O eleitorado da sede que escuta o programa e o que o prefeito tem a dizer sobre os passos que a administração tem dado, se debate com uma realidade muito abaixo do que se esperava.

O povo que costuma ir às redes sociais fica dividido com as expectativas criadas por melhorias na cidade. O sistema político, polarizado da forma que é por aqui, elege argumentos que são preponderantes nas discussões. Na defesa da administração, alega-se os famigerados 12 anos em que muito pouco foi feito pelo outro grupo, é o que dizem.  E o tempo de gestão que se tem até o momento (14 meses), não ser o suficiente para implementar as promessas. No ataque, a oposição aponta a continuidade ou piora em vários segmentos sob os cuidados da atual administração municipal. Saúde é um deles.

Ninguém mais que o próprio prefeito criou essa virtualidade, ainda quando fazia o papel de âncora no programa Conexão Chapada. Com os requintes lustrosos do discurso, moldou toda uma plataforma. De um só ponto, para os quatro cantos da cidade. As hipóteses de preferência de público, conforme expostas acima, hoje mais do que nunca tendem a uma modulação mais criteriosa nos assuntos abordados, justamente por tais características inerentes aos variados níveis de recepção do público-alvo. Se hoje a comunidade rural sente algum alívio e comemora alguns reparos feitos nas estradas do interior, euforia será se o projeto Estradas, ventilado para iniciar desde o ano passado, sair do papel.

Ademais, como se está falando de informação em rádio, um dos grandes desafios do gestor, para aplacar as resistências e protestos ao que tem feito, ou não feito, é justamente mudar a melodia. Controlar as palavras fáceis que amarram compromissos e evocar as informações e medidas já concretizadas pela administração. Ou seja, trocar o canto da sereia que antes lhe serviu mais, por um tom informacional que lhe comprometa menos.


Por Diogo Souza

sexta-feira, 23 de março de 2018

Motivo de orgulho? Prefeito Marcelo Brandão ignora, no Papo Reto, pesquisa que aponta Ipirá como 22ª gestão dentre as 100 melhores do Brasil

Ipirá aparece em 22º lugar dentre os mais de 5.500 municípios do país


A prefeitura de Ipirá anunciou na última segunda, 19, uma honraria digna de louvor pelos seus munícipes. A UBD (União Brasileira de Divulgação) listou a cidade como a 22ª gestão, dentre as 100 melhores do Brasil.

A notícia foi recebida com surpresa pela população, após anúncio do governo pelas redes sociais. Não demorou para que a surpresa começasse a virar desconfiança, entre os populares. Sites locais publicaram matérias que colocavam em xeque a pesquisa mencionada e a credibilidade da instituição responsável por divulgar a proeza.

No programa semanal da prefeitura, Papo Reto, dessa sexta, 23, era esperado que o gestor se mostrasse exultante com a publicação da UBD. No entanto, não foi o que aconteceu. A publicação sequer foi citada, passou absolutamente despercebida.

A pesquisa, de acordo com a mensagem publicada nas redes sociais, “analisa índices da Assistência Social, Educação, Saúde, Infraestrutura, Transparência Pública e Responsabilidade Fiscal” do município. Presente na edição de hoje do programa da prefeitura, a secretária de Educação, Neuza Ribeiro, também não fez nenhuma menção a supostos indicadores de sua pasta que porventura tenham sido avaliados pela UBD.

Na mensagem espalhada pelas redes sociais, o prefeito se mostra feliz com a suposta classificação. “Fico gratificado que o trabalho de nossa equipe esteja sendo reconhecido a nível nacional, dentre mais de 5.500 municípios”. No Papo Reto, entretanto, fez vista grossa para o título conferido pela UBD.


Por Diogo Souza

quinta-feira, 22 de março de 2018

Sentimentos distintos: Entre aplausos, vaias e afagos, Rui Costa e Marcelo Brandão se encontram em Ipirá

Governador e prefeito juntos em cerimônia nessa quarta, 21.


O governador Rui Costa (PT), visitou Ipirá nessa quarta, 21, em ato público para entrega de equipamentos (trator e ambulância), anúncio de projetos e obras envolvendo aumento de oferta de água para o interior do município, celebração de convênio para retomada da obra do esgotamento sanitário da cidade, e novas instalações da fábrica Escola do Couro.

Após reiteradas cobranças no rádio, por realizações na cidade da parte do Estado, o prefeito Marcelo Brandão (DEM) fez as honras da casa e acompanhou de perto o longo discurso do governador, em cerimônia pública realizada no CETEP (Centro Territorial de Educação Profissional).

No primeiro encontro na cidade de Ipirá, desde que foi eleito, e já após ter se encontrado em outras viagens à capital, o prefeito Marcelo Brandão fez os agradecimentos em meio ao burburinho que ecoava da plateia presente na cerimônia. Estudantes da AEIPI aproveitaram o momento para protestar contra o atraso no início das obras de reforma da Casa, na capital do estado. “Sr. Prefeito, dialogue com a Casa dos/das Estudantes”, era um dos dizeres nos cartazes confeccionados pelos jovens.

“Fui muito bem recebido pelo governador Rui Costa”, disse o prefeito se referindo à maneira como foi atendido na governadoria, em Salvador. Dessa vez o prefeito suavizou no tom, e demonstrou confiança. “Eu tenho certeza absoluta que o governador Rui Costa vai trazer pra Ipirá benefícios, mais ordens de serviço, como é obrigação do governador, e pelo carinho que tem com o município de Ipirá”, afirmou.

A Fábrica Escola do Couro também foi realçada em seu discurso pela importância que tem o artigo na economia regional. “Vem fomentar essa riqueza do nosso município que é o polo coureiro”. Marcelo Brandão também falou da união daquelas forças em prol de Ipirá. “Nas próximas eleições, os palanques podem nos separar. Mas não podem, de forma alguma, atrapalhar o nosso interesse, de quem esteja no governo municipal e estadual, de trazer os benefícios que Ipirá e região precisam”, pontuou. Já nos instantes finais de seu discurso, o prefeito ouviu as manifestações voltarem em volume alto, mas não mencionou razões para o que acompanhava a poucos metros de onde estava.


José Ronaldo, real possibilidade no tabuleiro

Um dia após visita do governador à cidade, nome forte que está sendo ventilado no cenário político da oposição, José Ronaldo (DEM), prefeito de Feira de Santana, segunda maior cidade do estado, concedeu entrevista por telefone ao programa Conexão Chapada. Ao falar sobre o ano eleitoral, aproveitou para alfinetar. “É extremamente importante que o povo veja aqueles que têm propostas que não sejam promessas faraônicas, cheias de mentiras, que prometeram há quatro anos e não realizaram, e agora ficam visitando aqui, ali e acolá, levando migalhas, coisas pequenas, só com o objetivo de dizer que está visitando uma grande quantidade de cidades”, cutucou Zé Ronaldo.

Pouco ou muito, nas redes sociais ontem, o prefeito Marcelo Brandão foi compreensivo. “Com as carências do município e pela falta de infraestrutura que encontramos, qualquer benefício é muito bem-vindo. Agradeço a visita do governador e os benefícios anunciados”, postou.


Por Diogo Souza

terça-feira, 20 de março de 2018

Ex-prefeito Diomário concede entrevista e faz revelação sobre atual governo de Ipirá: “Do fundo do coração, torço para que se recupere”

Imagem: Reprodução


O ex-prefeito de Ipirá, Diomário Gomes de Sá, participou de entrevista nessa terça, 20, no programa Cidade Agora, da Ipirá AM. No último sábado, 17, esteve presente na largada pelas articulações políticas para as eleições 2018, com uma reunião no clube Caboronga, envolvendo lideranças políticas locais do grupo da “Macacada”.

Diomário, que governou a cidade por 8 anos (2005 – 2012), pelo grupo acima referido, fez algumas considerações sobre o momento político, em nível estadual e municipal. Acompanhe alguns dos principais momentos da entrevista (a conversa não foi acompanhada na íntegra em virtude de problemas na conexão de rede).


Avaliação do encontro e nome próprio para 2020

“Vamos falar do encontro (despista). Temos a tradição de ser um grupo democrático. Discutimos todas as tomadas de posição entre a gente. Naturalmente aquela posição majoritária, não precisa ser unânime, é a que tomamos. Discutimos a possibilidade do nome de Otto Alencar Filho, para deputado federal, ao lado do candidato símbolo do grupo (Jurandy Oliveira – dep. estadual)”.

O ex-prefeito enaltece a figura do senador Otto Alencar para explicar a escolha do quadro político apresentado no último sábado que, segundo ele, é para trabalhar pela vitória nas eleições desse ano, e também em 2020.


Avaliação do município em 2005 e atualmente

“Sou diferente dos outros. Quando digo isso alguns amigos ficam chateados: torço para que o atual prefeito realize uma boa gestão. Não vou torcer contra ele, para que faça uma má gestão. Penso no bem do povo. Estou querendo, do fundo do coração, que o atual prefeito se esforce para se recuperar. Porque o povo de Ipirá não merece passar pelo sofrimento que está passando. Se torço por uma má gestão, estou penalizando os mais pobres, infelizes. Sem dúvida nenhuma, a população está vendo que a situação está muito difícil, tá caótica. Outro dia vi uma placa ‘Choque de Ordem’, aí um amigo gritou ‘isso é choque da desordem, o que tá acontecendo aí’. Ou seja, a ordem não está se organizando. No fundo, eu não quero que ele continue tão mal como está. É o que a gente ouve das queixas da população, e sobretudo dos correligionários dele mesmo”, analisa o ex-prefeito.

Diomário fala da situação na época em que assumiu a prefeitura: “Eu recebi uma prefeitura entupida de débitos. R$ 25 milhões de débitos com o INSS; precatórios, débitos com funcionários e fornecedores, Coelba, Embasa, Estado; prestações de conta que deixavam o município inadimplente sem poder celebrar convênio com o governo federal e estadual. Era preciso fazer, com urgência, o equilíbrio fiscal. Colocar Ipirá para gastar apenas o que recebia. Era preciso resgatar o crédito”, destacou.

O ex-gestor afirma que deixou cerca de 9 milhões em caixa para conclusão de obras, a exemplo do matadouro. “Já tinha feito quase 96%, faltava apenas colocação de equipamentos e liberação dos órgãos”, afirmou. O atual prefeito Marcelo Brandão diz que está prestes a realizar a licitação para a terceirização, e destacou recentemente a luta para “destravar” esse processo junto à Caixa. O prefeito falou, em dezembro do ano passado, que a licitação já estava pronta. Há poucos dias, voltou a falar sobre a possibilidade de realizar o processo licitatório ainda este mês.


Visita de Rui Costa a Ipirá nessa quarta, 21

“É uma questão institucional. Vai entregar obras relativas à água em vários pontos do interior. Ademais, tinha um projeto desde a época em que fui prefeito, que envolve verba federal e estadual, que é o esgotamento sanitário. A obra estava estimada no passado em R$ 36 milhões. É uma obra de significativa importância para o município. Às vezes briga-se por que a licitação teve isso ou aquilo, mas foi feita durante a gestão do finado Ademildo. A empresa que ganhou para dar continuidade à obra terminou falindo e não a concluiu. O governo do Estado está retomando toda essa obra e vai assinar amanhã a ordem de serviço, injetando mais R$ 26 milhões”, avisou.

Diomário levanta a possibilidade de anúncio de uma obra “iniciada na gestão passada, que o governo do Estado fez parcialmente”, no entanto, não diz exatamente qual. “Não sei se o governador anunciará ou não essa obra”, deixa no ar. O ex-gestor afirmou que não gostaria de falar sobre uma coisa que não sabe se vem. “Aliás, há pessoas que são assim. Quando o ovo ainda está na galinha, já está falando que tem omelete, que está frito, na mesa. Quando eu era prefeito tinha o cuidado, de antes de anunciar a obra, deixar que o dinheiro caísse pra prefeitura, se fosse convênio. Às vezes anuncia-se n obras e não executa, e aí o povo fica decepcionado. Anuncia maravilhas e o povo não vê nada. É melhor dizer com aquilo concreto: celebrou o convênio, o dinheiro chegou, o projeto tá feito, a licitação, pronto! Anuncia-se a obra”, explicou. Diomário acrescentou que se não for a Salvador e Brasília, a obra não vem, e citou o exemplo do projeto Minha Casa Minha Vida que atendeu a inúmeras famílias que não tinham casa própria, e falou também de 3 creches de grande porte que conseguiu junto ao governo federal.


Obras no Mercado em sua gestão

“Lamento o desvio de finalidade que o atual prefeito deu ao Centro Cultural Elofilo Marques. Aquela é uma obra feita com projeto aprovado pelo Ministério, pela Caixa e pelo Tribunal de Contas da União. A destinação seria a biblioteca pública, arquivo público”, lembrou. Sobre o incêndio que aconteceu, lamentou também a falta de recuperação do espaço pela atual gestão, até o momento.


Por Diogo Souza

segunda-feira, 19 de março de 2018

Podem falar, mas não vão me emparedar!

Prefeito MB tem insistido que cobranças não vão emparedá-lo. Imagem: Reprodução


O prefeito Marcelo Brandão transmite uma mensagem à oposição, e por tabela à parte expressiva da população de Ipirá, que protesta contra as medidas de sua administração. A mensagem é subliminar, está como pano de fundo em seus pronunciamentos. Ela é bem conhecida na história de luta pela liberdade de expressão e repúdio à censura, no contexto histórico Iluminista. A mensagem é atribuída ao escritor e filósofo francês Voltaire (1694-1778), e diz o seguinte: Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-la.

Isso se justifica pela insistência na tecla de que não será emparedado com as reiteradas cobranças feitas pela requalificação prometida para a cidade. “É muito comum que a oposição diga: ‘cadê isso, cadê aquilo, não fez ainda…’ É muito comum, isso é típico do Estado Democrático de Direito as pessoas falarem, se expressarem e pleitearem”, meditou o prefeito no último programa da prefeitura (Papo Reto) que participou, no dia 09/03. De acordo com o gestor, a pressão da oposição não vale, mas sim o cronograma próprio para realização das obras.

Não fosse a imprecisão desse cronograma, dito de qualquer forma e cheio de devaneios pela força de expressão característica do marketing administrativo do atual governo, seria possível a crença em alguns dos anúncios feitos até agora das benfeitorias pretendidas. Mas o clamor das ruas fala mais alto, e em outro tom. Bem diferente do que já foi propagado pela Rede Bahia, em outubro do ano passado, com a propaganda “Tá bonito de ver”.

A firmeza com que o prefeito fala sobre sua imunidade contra o emparedamento que tentam infligir-lhe, negligencia ou simplesmente fecha os olhos para o questionamento de um número muito maior de pessoas, do que supõe-se ser apenas oposição, a enxergar e criticar a mesmice ou piora com relação às últimas administrações alvejadas pelo atual gestor, nos tempos de rádio, contra as quais gritou anos a fio.

A tranquilidade com que fala sobre “o tempo de Deus” para a consecução de seus objetivos almejados para a cidade, já começa a conflitar com seus ideais de campanha. Com um ano e dois meses de gestão, quando a esperança ainda se mantém viva de que possa haver uma alavancada, o prefeito já admite fazer 90 a 95% do plano de governo, relativizando os 100%.

A segurança com que ainda mantém seu discurso preferido de que encontrou um município destroçado e ainda tenta colocá-lo nos eixos, parece já escapar dos limites da tolerância para os ajustes administrativos mais elementares.

O tempo a partir de agora já começa a desconfiar da alegação de que o retrovisor está incomodando pela luz alta, na direção própria de uma máquina sob seu controle. A máquina pública que é a prefeitura de Ipirá, sem o comando da oposição há quase dois anos.

Esses são alguns quesitos sobre os quais o prefeito Marcelo Brandão precisa lançar um olhar mais acurado, para melhor flexibilizar as supostas tentativas de emparedá-lo que seguramente estão muito além do que se entende só por oposição na cidade.


Por Diogo Souza

sexta-feira, 16 de março de 2018

Infraestrutura, a predileta!


Prefeito Marcelo Brandão pediu, em fevereiro do ano passado, prazo até o final do ano para requalificação do Centro de Abastecimento. Sem finalizar, e ainda com transtornos no local, o pedido foi renovado agora, mais uma vez até o final do ano.



Imagem: Reprodução



O programa institucional da prefeitura de Ipirá, Papo Reto, tratou nessa sexta, 16, mais uma vez, de assuntos relacionados à infraestrutura do município. Sem a presença do prefeito Marcelo Brandão, o convidado foi o secretário da pasta, Frank Jewell.

Em meio aos problemas que a administração municipal enfrenta, como por exemplo na Saúde e na Educação, só para citar dois dos principais, a Infraestrutura notabiliza-se com o espaço que ganha no programa. Parece funcionar como uma espécie de desafogo.

Isso não quer dizer que não seja um setor importante, muito pelo contrário, ela trabalha até mesmo em parceria com outras pastas. Mas nenhuma outra ganha o espaço que ela, nas explicações.



Chuvas

Antes problema, agora solução. Agora solução com problema, também. As chuvas vieram, e com elas o alívio para o homem do campo, o produtor rural. No entanto, para os serviços prestados pela Infraestrutura, as chuvas em grande volume têm significados distintos, conforme o trabalho que esteja realizando.

Na última quarta, 14, circulou um vídeo nas redes sociais dando conta de queixas feitas por um cidadão, em pleno Centro de Abastecimento pós-chuvas. No vídeo, o rapaz aponta para grandes poças d’água que estão em sua volta e indaga ao prefeito sobre a “cura das feridas da cidade”, que falava. Ele chama a atenção para a higiene do local, onde são vendidos alimentos, e para o risco de doenças com tanta sujeira e lama.


Explicações

Na entrevista dessa manhã, o secretário Frank Jewell falou sobre as obras no Centro. “A empresa deve continuar terminando a colocação de paralelepípedo na área de estacionamento”, disse. Alguns postes foram retirados da área onde serão feitos os galpões, para viabilizar a construção do telhado.

O secretário falou da invasão da água nos mercados. “Fizemos a limpeza toda, no dia seguinte liberamos os mercados”. Com relação à área externa, por conta da forte vazão da água que desce o morro, o escoamento não suportou.

“Já foi solicitado da engenharia da prefeitura que nos dê uma luz. O que eles indicam que a gente possa fazer”, clamou o secretário.

O prefeito Marcelo Brandão, no dia 10/02/17, prospectava sobre o Centro de abastecimento. “Não adianta ficar rasgando seda. Todo mundo sabe que vai demorar, mas o Centro de Abastecimento de Ipirá até o final do ano, com fé em Deus, vai ser aquele Centro que todos nós esperamos. Os feirantes vão ter um lugar melhor pra trabalhar, com tranquilidade e sem aquela lama toda, banheiros limpos. As pessoas que forem comprar no Centro de Abastecimento vão ter mais comodidade”, afirmou o prefeito com pouco mais de um mês à frente da gestão.

Prepostos do setor de Comunicação da prefeitura responderam ao vídeo postado pelo rapaz, na última quarta. O texto publicado afirma o seguinte: “O prefeito Marcelo disse na rádio que conseguiu com muito esforço refazer o convênio da obra na caixa, que estava parado a (sic) três anos e projetar o resto com recursos próprios. disse também que a obra toda só fica pronta no final do ano”. Portanto, mais um prazo semelhante ao anterior pelo fim das obras.


Por Diogo Souza

terça-feira, 13 de março de 2018

“Não quero fazer fanfarra com o poder público municipal”, diz Marcelo Brandão


O prefeito se referia à licitação para o matadouro municipal, no dia 08/12/17, no Papo Reto.






Uma obra interminável, com uma burocracia sem fim. Anos e mais anos (mais de vinte), à espera de um desfecho. Muitas administrações deixando para a próxima seu desenlace para funcionamento. Até novelinha literária, já com vários capítulos, ela ganhou. Essa obra é o matadouro de Ipirá, localizado às margens da BA-052, sentido Baixa Grande.

O prefeito Marcelo Brandão falou em “viés técnico” para solucionar o problema. “Fui pra Caixa Econômica, na superintendência, para destravar o projeto, e entregar efetivamente o matadouro a Ipirá”, disse em conversa no Conexão Chapada, no último dia 06. O prefeito fala que utilizou recursos próprios para concluir o projeto de acordo com o que a Caixa queria, e esta, enfim, fez a liberação. A Câmara já votou projeto autorizando a terceirização do equipamento público.

Há, porém, desacordo nessa etapa de licitação, conforme o que já foi anunciado pelo governo. Na conversa do último dia 06, o prefeito informou que “provavelmente este mês”, estaria lançando o edital para licitação do matadouro. Entretanto, no Papo Reto do dia 08/12 do ano passado, o prefeito anunciou que estava preparando o edital e que iria “publicá-lo segunda ou terça-feira”. No caso, dia 11 ou 12 do mês de dezembro do ano passado. Mas não o fez.

“A empresa vencedora, vou trazer aqui no programa pra se apresentar à comunidade, e no prazo mais curto, 6 ou 8 meses, a gente inaugurar o matadouro. O edital de licitação tá pronto”, garantiu à época o gestor. Agora, mais de 90 dias depois, fala numa possível publicação do edital ainda nesse mês de março, daquilo que supostamente estaria pronto desde dezembro, conforme anunciou.

Marcelo Brandao continuou: “Eu não quero fazer fanfarra com o poder público municipal. Não quero fazer exposição da minha figura, como acontece sistematicamente. O sujeito dizer ‘vou fazer isso, vou fazer aquilo’. Não. Nós estamos botando o dedo na ferida”, finaliza.


Por Diogo Souza