Cadê!? Prefeito recua no Papo Reto e população fica sem suas explicações acerca dos últimos problemas noticiados
O programa institucional da prefeitura de Ipirá, Papo Reto, não vai ao ar pela 2ª semana consecutiva. Desde o dia 19/01/18, o prefeito Marcelo Brandão participou de apenas 2 edições.
Imagem: Reprodução |
Nada que o ser humano seja capaz de fazer, pode ser
considerado mais fácil do que o ato de falar. Simplesmente falar, abrir a boca
e dizer algo. Sem importar o sentido da coisa dita. Não existe mistério para
falar, existe sim, critério.
Mas quando se fala de coisa séria, e pública, o
cuidado precisa ser maior. A equação não é difícil, é lógica e de
conhecimento de todos: falar sobre problemas é mais fácil que solucioná-los,
não obstante, é preciso continuar falando, prestando esclarecimentos, durante o
curso das tentativas de solução, quando se é um gestor.
A imprensa mundial e o sistema planetário sabem da
transformação que os meios de comunicação sofreram com o advento das redes
sociais. Por isso, novos contornos ganharam as maneiras de
se comunicar em sociedade. Essa observação
já foi feita em textos anteriormente publicados por este blog.
Desse
modo, em meio às ‘mazelas’, disparates e coisas infundadas que muita gente
gosta de sair publicando pelas redes sociais, onde não há filtro, existem
também aquelas informações e fatos que por menor que sejam, sendo de interesse
público, merecem a atenção do poder público.
Pois
bem, voltando ao foco da matéria, o programa institucional da prefeitura de
Ipirá, Papo Reto, que vai ao ar às sextas (nem todas as sextas), às 07h30,
conforme anunciado acima, entra em sua 7ª semana, com apenas duas participações
do prefeito Marcelo Brandão. A cronologia recente é a seguinte: o prefeito
participou em 19/01, no dia 26/01 não teve, no dia 02/02 foi um bate-papo com o
secretário de infraestrutura Frank Jewell, em 09/02 não teve, voltou no dia 16,
na semana seguinte, 23, mais uma falta, e hoje outra ausência.
O
programa é considerado como palavra oficial do governo, independentemente de
qualquer coisa, ou de seu formato. E deixar de ser exibido, injustificadamente,
não pega bem. Nem mesmo uma gravação prévia está sendo feita, quando não for possível a
presença ao vivo na sexta, como já ocorreu em outras oportunidades.
Atente
o(a) leitor(a) para isso: 1 minuto em rádio é um tempo bom; 5 minutos é um
tempo ótimo; 15 minutos é um tempo fantástico; 30 minutos é uma eternidade. Se esses
30 minutos fossem destinados a falar sobre os problemas e os meios dos quais se
lança mão para ‘consertar’ a cidade, a população agradeceria. Ao contrário do
que se diz algumas vezes, 30 minutos é muita coisa em rádio, basta saber
utilizá-lo.
Se
for feita uma edição do que é de interesse público atual (e novidade!), o que é importante para ser notícia, o que se ocupa de todo esse tempo é uma
parte ínfima. A verdade é que muitas vezes se torna um espaço para investidas
contra a oposição, ou anúncios de coisas que não se sabe do real potencial de
viabilidade. Falar do momento e das circunstâncias em volta, parece exigir demais.
O
tempo que o prefeito tem à frente do governo, diante das expectativas criadas e
alimentadas, é verdadeiramente curto. Mas se o desdobramento de seu governo
continuar à imagem de seu compromisso em responder aos problemas, no programa
institucional da prefeitura, e outros canais de comunicação, sua foto ficará bonita perante à sociedade
ipiraense? Seguem os fatos.
Por Diogo Souza
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