Ipirá: 1ª Reunião ampliada de vigilância em Saúde será realizada na próxima quarta, 06
A secretária municipal de Saúde,
Tereza Cristina Vasconcelos, juntamente com o representante do Conselho Municipal
de Saúde, Raimundo Nonato, convidaram a população ipiraense na manhã desta
sexta, 01, para a 1ª Reunião ampliada de vigilância em saúde, que será
realizada na próxima quarta, 06, no Centro Cultural Elofilo Marques.
Em entrevista ao programa Conexão
Chapada, Raimundo Nonato, representante do Conselho Municipal de Saúde, órgão
deliberativo que se reúne toda última quinta-feira do mês para discutir as questões
que envolvem a Saúde do município, explicou que são dois os tipos de
vigilância: a sanitária e a epidemiológica. Como o formato da vigilância na
Saúde envolve um leque extenso de setores para uma devida atenção, a exemplo de
alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda,
educação, lazer e esporte, conforme explicou, faz-se necessário uma conferência
separada, porque tem muito assunto pra se tratar. De acordo com Nonato, “é uma
reunião ampliada, nos moldes de uma Conferência, inclusive com emissão de
certificados, e serão escolhidos quatro delegados para participação na Conferência
estadual”.
A secretária municipal de Saúde, Tereza
Cristina Vasconcelos, explicou que a vigilância em saúde está dividida por
eixos: sanitária e epidemiológica, e dentre essas estão a saúde do trabalhador
e a saúde do meio ambiente. “A reunião vai produzir, propor diretrizes para a
formulação da política nacional de vigilância em saúde e o fortalecimento de
ações de promoção e proteção à Saúde. O eixo principal será a política nacional
de vigilância em saúde e o fortalecimento do SUS, com direito à proteção e
promoção da saúde do povo brasileiro. Teremos como tema central, 'Vigilância em
Saúde: Direito, conquista e defesa de um SUS público de qualidade'. Queremos que
as pessoas realmente participem. A Saúde só, não muda o perfil, não traz essas
políticas. Tem que ter participação popular, que é papel do Conselho e
Secretaria. O SUS preconiza equidade, igualdade, qualidade”, destacou a
secretária.
Mídia Ipirá
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Comissão do SUS aprova revisão da Política Nacional de Atenção Básica
A portaria deve ser publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União.
31/08/2017
Agência Brasil - A Comissão
Intergestores Tripartite (CIT), composta por gestores de saúde do governo
federal, estados e municípios, aprovou hoje (31) a portaria de revisão da
Política Nacional de Atenção Básica. Segundo o Ministério da Saúde, a nova
política visa reforçar a Estratégia Saúde da Família como modelo prioritário de
atendimento, mas vai ampliar o acesso a serviços e a resolutividade da atenção
básica de saúde, respeitando as diferentes realidades de cada região.
Uma das principais mudanças é a
possibilidade do governo federal financiar outras equipes de atenção básica,
diferente das equipes de saúde da família. Os gestores municipais poderão
compor equipes de atenção básica de acordo com características e necessidades
locais. A mudança englobaria as equipes que já existem e são financiadas apenas
pelo município.
“A legislação fala em rateio das
despesas do SUS [Sistema Único de Saúde]. Nós [governo federal] temos que pagar
parte dessa equipe que está lá com menos profissionais porque não tem
necessidade, em distritos pequenos, por exemplo. Cada gestor tem que poder
flexibilizar o atendimento para ser mais resolutivo para a população. Então,
vai haver a expansão do financiamento porque que todas as equipes que não eram
completas serão reconhecidas e financiadas”, explicou o ministro da Saúde,
Ricardo Barros.
Uma equipe de saúde da família é
composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e pelo menos quatro
agentes comunitários de saúde. Cada um desses profissionais deve,
obrigatoriamente, cumprir carga horária de 40 horas semanais.
A equipe de atenção básica deverá
ser composta por médico, enfermeiro e técnico de enfermagem. Cada uma dessas
categorias profissionais deverá somar 40 horas semanais. Então, uma equipe
poderá ser composta, por exemplo, por dois médicos que cumprem 20 horas
semanais. Cada profissional, entretanto, terá uma carga horária mínima de 10
horas semanais.
As equipes de atenção básica
deverão ainda ser credenciadas pelos gestores municipais no ministério e não
poderão custar mais que uma equipe de saúde da família. A prioridade de
financiamento ainda é para as equipes de saúde da família, que custam ao
governo federal entre R$ 7,1 mil e R$ 10,6 mil. Segundo o ministério, 38% da
população não é coberta por equipe de saúde da família.
Segundo o ministério, como não
haverá obrigatoriedade da equipe ter agentes comunitários de saúde na equipe de
atenção básica, para não haver prejuízo à população que mais precisa, as áreas
de risco e vulnerabilidade não sofrerão com a mudança da nova política. Nesses
locais, o número de agentes comunitários deve ser suficiente para cobrir 100%
da população, sendo um agente para cada 750 pessoas, considerando critérios
epidemiológicos e socioeconômicos.
Hoje, o país conta com mais de
42,2 mil unidades básicas de saúde (UBS), que solucionam cerca de 80% dos
problemas de saúde da população, diminuindo a busca por atendimentos na rede de
urgência e emergência.
Outras mudanças
Entre as novidades, está a
possibilidade de agentes comunitários de endemia comporem as equipes com os de
saúde, integrando as ações de vigilância em saúde com atenção básica. Outra
mudança é a incorporação de novas atribuições para os agentes comunitários de
saúde, que poderão, por exemplo, aferir pressão arterial e glicemia da
população.
O ministro Ricardo Barros
informou que 180 mil agentes de saúde serão qualificados para realizar ações
comuns nos domicílios que receberem a visita. Segundo o ministério, a mudança
permite atendimento integral nas comunidades, dobrando a produtividade das
equipes, ajustadas às condições de saúde de cada região. Atualmente, existem 66
mil agentes comunitários de endemia e 263,1 mil de saúde no país.
A medida ainda vai ampliar o
número de equipes que recebem assistência dos Núcleos de Apoio à Saúde da
Família. Atualmente, esses núcleos apoiam somente as equipes de saúde da
família. Com a revisão, tais núcleos passarão a apoiar outras equipes da
atenção básica nas unidades básicas de saúde. Hoje, existem mais de 4,6 mil
Núcleos de Apoio à Saúde da Família em atuação.
Com a nova política, todas as
unidades básicas passarão a oferecer um conjunto de serviços essenciais para a
saúde da população. Hoje, nem todas as unidades ofertam serviços como
pré-natal, acompanhamento de hipertensos e diabéticos, procedimentos cirúrgicos
de pequena complexidade e aplicação de vacinas, entre outros. Agora, esses
serviços deverão ser ofertados aos cidadãos em todas as unidades do país.
Com a revisão, cada unidade de
saúde também poderá receber a indicação de um gerente. De acordo com a pasta da
Saúde, atualmente, na maioria das vezes, os profissionais de enfermagem têm se
responsabilizados pelas ações de gerenciamento nas unidades básicas. A nova
medida possibilita que os enfermeiros dediquem-se somente à assistência aos
usuários. Caso a unidade tenha só um enfermeiro, outro profissional pode ser o
gerente.
A nova política estabelece ainda
que todas as unidades usem o prontuário eletrônico. Segundo o ministério, até o
fim do ano que vem, o prontuário eletrônico será implantado em toda a rede. Com
a informatização, a população poderá ser atendida em qualquer unidade de saúde,
o que também será permitido, de acordo com as novas diretrizes. Atualmente, o
acompanhamento do usuário é vinculado a seu endereço residencial.
O processo de revisão e
aperfeiçoamento da Política Nacional de Atenção Básica está em andamento desde
2015. A minuta da portaria esteve em consulta pública durante 10 dias e recebeu
mais de 6,2 mil contribuições, a grande maioria de trabalhadores da saúde, mas
também de usuários, gestores e pesquisadores.
A Comissão Intergestores
Tripartite é instância de articulação e pactuação da direção nacional do SUS,
composta pelo Ministério da Saúde e pelos conselhos nacionais de Secretários de
Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
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