terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Ipirá


Informação como ferramenta estratégica



Os diversos meios de se propagar informação.



No meio jornalístico, costuma-se dizer que uma mídia pauta outra mídia. Ou seja, os veículos de informação, dos grandes aos pequenos, são vigilantes uns dos outros, sempre na busca por uma cobertura diferenciada do acontecimento, por uma abordagem ou ângulo que possam mostrar algo mais, para relatar o fato ao público. Sem contar o furo, momento muito festejado nas redações, que é aquela situação em que se chega primeiro para falar do fato impactante. Nesse contexto, várias são as situações que conduzem à credibilidade, que seguramente é o valor maior, não só para os meios de comunicação, mas para a vida de qualquer cidadão.

Ocorre que os veículos de informação, em todo o planeta, não dão conta sozinhos de tudo o que acontece pelo mundo. O trabalho de uma assessoria, que faz importante papel de meio-campo, envolve uma contínua troca de passes (cliente x imprensa). Se há algo de errado com o cliente, se está sob alguma suspeita, ou sendo acusado por algo, enfim, se há algo em que caiba uma explicação, satisfação, por parte desse cliente que possui relevância no meio social, o dever moral e funcional da assessoria, não é outro senão fazer um devido acompanhamento da situação, e fornecer as informações que julgar necessárias, sob pena de ficar uma imagem pior para o cliente.

Ipirá, salvo casos raros, nunca teve uma regularidade nesse sentido. Embora o meio virtual tenha dado nova dinâmica àquilo que se considera hoje por sociedade da informação, a cidade ‘cresceu’ ouvindo rádio. Hoje esse meio ainda exerce muita influência, sobretudo pelo seu poder de alcance. Mas fechar os olhos para as outras formas de manifestação do povo, não é uma boa ideia. Hoje quem tem um rádio em casa, também tem um celular com acesso às redes sociais, com as mais distintas fontes de informação.

Hoje a cidade de Ipirá dispõe de dois programas jornalísticos, em rádio, que têm discursos diferentes (pelo menos em tom), numa mesma língua, para os mesmos fatos. Isso é óbvio para a população. Não é ruim, é interessante. Ainda mais nessa era em que as queixas, as reclamações, os problemas de ordem pública, não são meramente intriga de oposição, nem denúncia ou reclamação vazia de quem utiliza as redes sociais para expor seu pensamento. Muitas vezes, são informações válidas, que têm cabimento, mas que não são divulgadas pelos veículos de massa. 

Os programas referidos são: Conexão Chapada, na Ipirá FM, e o Canal Aberto, na Ipirá AM, 8h e 7h da manhã, respectivamente. Um iniciou, na manhã dessa terça, 06, fazendo aquele ‘chamamento’, que outrora o atual prefeito fazia, com administrações passadas. O outro abriu os microfones para um número considerável de ligações. Não ouviram pouco, mas prezaram pela linha do programa, tal como foi nos últimos anos.

As considerações dos locutores, durante as ligações ao Conexão Chapada de hoje, são absolutamente pertinentes. Cobraram dos responsáveis, e disseram que fazem os encaminhamentos às secretarias e órgãos competentes. Mas então, falta o que? Se no programa jornalístico, há mais tempo no ar, e a quem, em tese, teria uma abertura maior, um caminho mais fácil, para preparar essas informações como satisfação à população, não está acontecendo esse retorno informativo, o ipiraense pode esperar algo como o que foi explanado lá no início do texto?

Ontem foi noticiado que haveria uma reunião para tratar do caso da paciente da UPA, Maria de Jesus, que teve complicações na visão, após atendimento no mês passado. Este blog fez uma matéria com importantes trechos da entrevista da coordenadora da UPA, Jane Campos, que falou do novo momento da unidade de saúde. Seria plausível, portanto, se fosse encaminhada alguma nota hoje, sobre essa reunião, para tratar desse caso que ganhou tamanha repercussão. No entanto, nada foi comunicado sobre o encaminhamento dado ao caso, nessa reunião.

Os problemas existem, todos sabem que sim. Mas negligenciando as informações tão necessárias e oportunas nos dias de hoje, tanto o cenário das redes sociais, como as ligações nos programas de rádio da cidade, não apresentarão trégua.


Por Diogo Souza

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